Austria Tour 2009, 3 amigos, 6700km, 3 motos, e o resto não podemos contar...para já!


As simples manhãs de Domingo, com o tradicional pedido de "Quero uma cerveja e um fino, por favor", ganharam uma nova dimensão!

6 de fevereiro de 2009

A importância dos Lubrificantes

Sendo uma preocupação para esta viagem, vamos aqui deixar uma visão geral sobre os lubrificantes.
Uma das primeiras ideias a ter em mente em relação aos óleos lubrificantes para motores, será de que não existem propriamente marcas melhores e piores.
Em termos gerais, todos os fabricantes tem uma oferta variada de óleos destinados aos mais variados tipos de motores. Por este motivo, é que os preços oscilam dependendo essencialmente das matérias primas utilizadas no seu processo de fabrico.
Um exemplo disso, é o custo mais elevado para fabricar óleos de bases sintéticas do que óleos de base mineral, o que nos explica a diferença de preços entre estes dois géneros de óleos, tendo em conta, que o sintético tem uma maior durabilidade em relação ao mineral. O custo dos lubrificantes, também é afectado pelos aditivos usados, que correspondem a 25% da composição de um óleo.

As vantagens de um óleo sintético, assentam nos seguintes aspectos:
  • Melhor resistência á oxidação
  • Melhor estabilidade térmica (degradam-se menos com o calor)
  • São menos voláteis (diminui o consumo de óleo)
  • Têm um índice de viscosidade mais alto
  • Garantem melhor lubrificação a frio
  • Maior durabilidade

No que se refere á oferta, os óleos são classificados segundo as suas especificações propriamente ditas, licenciadas pelas duas entidades mais conhecidas: API (American Petroleum Institute) e ACEA (Association Constructeurs Européens d`Automobiles).

Viscosidade

Uma das principais caracteristicas dos óleos, é a sua viscosidade classificada em garduações SAE (Society of Automotive Engineers). Estas classificações dizem respeito aos diferentes limites para viscosidades a frio (nº seguido da letra W) e a quente, designando-se por isso como um lubrificante multigraduado, sendo este o mais utilizado nos dias de hoje.
Por exemplo, um óleo SAE 10W40, o primeiro valor garante a viscosidade exigida a uma temperatura mínima determinada (neste caso -20º c), enquanto o segundo valor diz respeito á viscosidade a temperaturas elevadas, na ordem dos 100º c.
Estas numerações que inscritas nas embalagens dos óleos lubrificantes (30, 40, 20W40, etc) correspondem á classificação da SAE, que se baseia na viscosidade dos óleos a 100º c, apresentando duas escalas: uma de baixa temperatura ( 0w até 25w) e outra de alta temperatura (de 20 a 60).
A letra "w" significa " Winter" (traduzido: inverno) em que faz parte do primeiro numero, como complemento para identificação. Quanto maior o numero, maior a viscosidade para o óleo suportar maiores temperaturas. Graus menores suportam baixas temperaturas sem se solidificar ou prejudicar a bombagem do lubrificante.

Um óleo Monograu, só pode ser classificado num tipo de escala. Já um óleo com um índice de viscosidade maior, pode ser enquadradro nas duas faixas de temperatura por apresentar menor variação de viscosidade em virtude da alteração da temperatura. Deste modo, um óleo multigarduado, SAE 20w50 comporta-se a baixa temperatura como um óleo 20w reduzindo o desgaste no arranque do motor ainda frio e em alta temperatura comportam-se como um óleo SAE 50.


Neste gráfico, podemos verificar o tipo de óleo ideal em relação á estação do ano.
Na minha opinião, os lubrificante 10w40 e 15w40 são os mais adequados para o clima Europeu, pelo facto de ambos terem um comprotamento bom, quer a baixas temperaturas, quer em altas temperaturas.

Verificação periódica

Um dos maiores cuidados a ter em conta para uma boa saúde do motor, é efectuar uma verificação periódica do nivel do óleo, sendo normal que haja algum consumo de óleo e que compete ao construtor indicar o máximo admissível. Outros factores que possam contribuir para este facto, são as deficiências mecânicas, apertos mal ajustados, lubrificante inadequado ou uma condução demasiado severa, conduzindo a um consumo excessivo de óleo.

Aos interessados em aumentar o tempo e a qualidade de vida útil do motor, é importante que no arranque a frio não puxem muito pelo motor enquanto o óleo não atinge a temperatura ideal de funcionamento, iniciando o andamento de forma suave durante cerca de 10 minutos, período que é na generalidade das situações, sufeciente para que o lubrificante chegue a todas a partes do motor e atinja a temperatura ideal.

Assim, são os lubrificantes de um modo geral, esperando que esta informação tenha sido útil.

1 comentário:

  1. ora aqui está um post de valiosa informação técnica que poderá ajudar muitos entusiastas das 2 rodas! confesso que no início pensei que fossem outro tipo de lubrificantes! :)

    estiveste muito bem!!

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